sexta-feira, 3 de abril de 2009

O Contador de Lorotas

Acabei de conhecer O Contador de Lorotas e acredito que ele deu ao escritor,Miguel Morais, o papel de senhor absoluto de um estilo bastante pessoal, na arte de contar lorotas. Com muita graça, ele tudo pode, dentro da aventura humana. Por meio de acontecimentos que passariam despercebidos aos olhos do homem comum, Miguel Morais, os faz ressurgir na sua forma artística, registrando-os no tempo, imortalizando-os. Compreender a lorota é compreender o mundo oculto da cultura popular, acreditar em sua capacidade de dominar e transformar a natureza do povo, resgatando suas crenças, suas virtudes e sua cultura.
Particularmente, considero que - O Contador de Lorotas - representa para o nosso Jardim o início de um processo de modernização literária, visto que grande parte da nossa literatura restringe-se a poesias. A nossa prosa anda meio esquecida. Além disso, o popularismo de sua linguagem aproxima o jovem leitor jardinense do conteúdo engraçado e ao mesmo tempo verdadeiro.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

As Palavras

Gosto das palavras. Na verdade, Amo-as. Declaro isso universalmente, é um direito meu.
Sinto-me ligada a elas, quase que por um laço umbilical.
Às vezes, aborreço-me com algumas que me escapam inesperadamente,
impulsionadas pela raiva,
pelo medo,
pelas surpresas.
Outras vezes, elas me irritam porque não chegam,
e eu as espero, e elas teimam.
Nossa relação é ampla, aberta, dinâmica. Por isso relevo-as quando me contrariam e,
dou-lhes a liberdade... e aí, elas ganham espaço, forma, movimento.
Elas mudam tudo. As idéias, as tradições, as culturas, o tempo.
Não há nada, neste mundo, que eu admire mais
e não há nada que demonstre maior poder do que
As Palavras.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Gente

Há gente branca, azul, verde, vermelha, preta.
Há gente fria, gente quente, gente grande, gente pequena.
Gente voadora, gente pé no chão;
Há gente flor, gente sabiá.
Há gente que vê, gente que ouve,
Outras surdas, outras cegas.
Há muito mais gente que máquinas,
Há muito mais gente que AGENTE.
Quase que só HÁ GENTE, em meio a essa
gente ocupada,
E que não produz nada.
Há muito mais coração, em meio a essa
gente em ação.
(Tatá)